A garota do shopping - Parte I.

Amor Platônico. Será?

Ah, o shopping. Um lugar movimentado, cheio de lojas e pessoas.
Ah, as pessoas. Na sua maioria, pessoas “normais”.
Em meio há tantas e tantas pessoas (garotas), uma chama sua atenção. Em meio há tantas meninas, uma parece ter sido iluminada bem na hora em que você resolveu dar uma olhada no ambiente.
Mas espera um pouco, o que você viu nela? Porque ela chamou sua atenção? Porque você olhou na direção dela? Por quê?

Olha só no que um simples almoço com sua amiga se transformou.

É a primeira vez que você a vê, a primeira vez que você para e presta atenção nas pessoas que estão ao redor.
Você fica meio boba, gosta do jeito dela, gosta do sorriso e conseqüentemente se encanta pela garota. Mas porque se encantou por ela? O que há com você?
E aí? O que você faz? De onde tirar coragem para perguntar alguma coisa a respeito dela? E a sua timidez, onde fica?
Um motivo, é tudo que você precisa para ir até ela. Mas você não gosta da comida feita onde ela trabalha. Agora você precisa de um novo (e bom) motivo para pedir alguma coisa que seja feito ou vendido lá.
Que motivo? O que comprar?
Vencida pela falta de idéia, resolve deixar pra lá e ficar apenas observando a tal pessoa.

Eis que sua amiga diz: - lá vende suco.
Bingo, um viva para sua amiga brilhante. Lembre-se de agradecer viu (mal educada).

Você se levanta e vai até onde ela trabalha, espera o momento certo em que é ela quem vai atender e anotar seu pedido.
Um tanto sem graça, você mal olha para a cara da garota. Pega o cardápio porque necessita segurar alguma coisa, afinal você sabe exatamente que suco vai escolher.
Ao fazer o pedido você o faz olhando para o lado!
Pega a senha e volta para a mesa pensando: - que falta de atitude hein? Como você faz o pedido olhando para o lado? Porque não olhou pra ela? Por quê?
Você volta para a mesa rindo da situação, permanece sentada de frente para ela e continua olhando.
Antes de o seu pedido ser atendido você olha para sua amiga e fala: - se ela entregar os sucos eu pergunto o nome dela.
Sua amiga apenas ri e diz que não duvida que você faça isso.

Alguns minutos depois sua senha é chamada e antes de se levantar, olha para sua amiga e diz: - eu vou perguntar o nome dela.
Você se levanta e vai até o balcão.

- Esse é o suco de laranja com acerola e suco de laranja. - Aponta a moça.
- Obrigada. - Você responde.
Mas antes de voltar para a mesa, passa óleo de peroba na cara, se enche de coragem e pergunta: - qual é o seu nome?
Surpresa ela responde: - Carol, por que a pergunta?
- Por nada, só curiosidade.

Por curiosidade criatura? Por curiosidade? Ah não, o óleo de peroba ta vencido! V-E-N-C-I-D-O!
Ok, pelo menos o nome dela você sabe. O nome e onde ela trabalha. Já é um começo.
Começo? Começo de que? Você não tem nem a capacidade de identificar se a garota é tica ou não. E nada de “ah, eu acho que ela é tica.” Achar não leva ninguém a lugar nenhum.
Na volta você se senta de costas para a garota (o que ta querendo com essa falta de atitude hein? Fala sério, seja mulher e sente-se de frente para ela.)
Você permanece sentada de costas para ela.
Ela fica olhando para a mesa de vocês toda hora e você só sabe disso porque sua amiga, aos risos, repete a todo momento.
Vocês terminam de almoçar, pegam suas coisas e vão embora.
Assim, do nada. Simplesmente se levantam e vão embora.
Ta bem, você sabe o nome dela. O que vai acontecer na próxima vez que vocês se verem? Você vai ser direta, vai abrir um buraco no chão ou vai fugir?

To be continued...

Ps: História REAL, acredito que ela ainda tenha mais uns 2 ou 3 episódios.


Um beijão pra quem segue o blog.
Logo menos eu posto a continuação dessa história.