“Queria Tay:
Cumpro meu ‘dever’ de entregar-lhe a carta de todos os dias. Mas devo ser sincera com você, hoje eu faço isso com o coração bem apertado. Pois infelizmente descobri algo que me magoou muito ontem a noite. Quis muito te ligar, mas sabia que se te acordasse você demoraria a pegar no sono novamente, por isso achei melhor deixar para outra hora. Bom, estou meio atrasada para sair, por isso fico por aqui, mais tarde eu te ligo e a gente conversa.
Beijos da sua Ni!”
Esta foi a carta que deixei na casa da minha namorada Tayanne, antes de ir trabalhar. Eu costumava fazer isto todo dia, nem que fosse apenas um bilhete escrito “Te amo”. Como ela ia trabalhar bem antes de mim, ela só lia o bilhete quando ia almoçar ou quando chegava do trabalho, lá pelas 16hrs. Neste dia ela foi almoçar e, ao ler o bilhete, me mandou uma mensagem de texto no celular:
“Amor, cheguei ansiosa para ler o que você tinha me escrito de bonito hoje e leio isto? O que aconteceu? Estou preocupada! Tay.”
Naquele momento cheguei a ficar corada de raiva. Ela faz as coisas que sabe que não deve fazer e age desta forma sínica comigo. Achei melhor esperar me acalmar para responder a mensagem, senão poderia ser grossa com ela. Mas, conforme fiquei atarefada no serviço acabei não respondendo. De noite, quando cheguei em casa, minha mãe avisou que a Tayanne tinha me ligado e pedido para eu retornar a ligação. Vi que a bateria do meu celular tinha acabado então fui retornar logo para evitar brigas.
- Alô?!
- Tay, tudo bem?
- Eu que quero saber se está tudo bem. Não entendi seu bilhete, te mando mensagem e você não responde e ainda desliga o celular? O que está acontecendo?
- Eu não desliguei o celular, acabou a bateria - Falei sem um pingo de entusiasmo.
- Bom, não é isso que me interessa agora, vai me explicar o bilhete ou não? O que você descobriu?
Confesso que esse “o que você descobriu?” me gelou por dentro. Será que ela escondia tanta coisa a ponto de querer saber qual delas eu tinha descoberto?
- Tayanne, você continua falando com a Jéssica?
- Eu? - Tinha mais alguma Tayanne na linha?
- É!
- Olha, Ni, pra te falar a verdade, eu continuo. Bom... a gente não conversa toda hora e o tempo todo, mas a gente se cumprimenta às vezes.
- Porra Tay, já num te disse que não quero que você converse com ela?
- Nichele, mas a gente não CONVERSA só se fala às vezes.
Juro que quis dar um tiro na minha cabeça quando ela disse isso... ou na cabeça dela.
- Tay, você sabe que eu te amo demais, e você sabe os motivos que eu não quero que vocês conversem. Eu acho que você é burra de manter contato com ela. Acho que você é tola de ter amizade com ela. E, na boa, eu...
- Ni?! Pára tá? Eu sei... eu te entendo. Eu não vou mais falar com ela ta? Pode ficar tranqüila.
- Falo isso porque me importo com você, não acho interessante você manter contato com gente desse tipo.
- Tudo bem, esquece isso, já disse que não vou mais conversar com ela, tá? Você vai vir aqui hoje? Estou com saudades.
- Vou tentar, cheguei tarde do serviço hoje, nem jantei ainda. Se der eu dou uma passadinha ai, tá?
- Ta bom, meu amor, vou ficar esperando você dar um jeitinho de passar. Te amo muito!
- Eu também! Vou comer, mais tarde te ligo. Beijo!
- Beijo, amor, tchau!
Para mim bastava pedir uma vez e eu não faria mais. Mas no caso dela, já vi que eu teria sempre que pedir duas vezes, senão mais. Isso me deixou profundamente chateada, mas ela prometeu que não conversaria mais com a Jéssica. Achei melhor virar a página, afinal, para um amor tão bonito, não é uma simples falha que vai ter o poder de destruir.
Cumpro meu ‘dever’ de entregar-lhe a carta de todos os dias. Mas devo ser sincera com você, hoje eu faço isso com o coração bem apertado. Pois infelizmente descobri algo que me magoou muito ontem a noite. Quis muito te ligar, mas sabia que se te acordasse você demoraria a pegar no sono novamente, por isso achei melhor deixar para outra hora. Bom, estou meio atrasada para sair, por isso fico por aqui, mais tarde eu te ligo e a gente conversa.
Beijos da sua Ni!”
Esta foi a carta que deixei na casa da minha namorada Tayanne, antes de ir trabalhar. Eu costumava fazer isto todo dia, nem que fosse apenas um bilhete escrito “Te amo”. Como ela ia trabalhar bem antes de mim, ela só lia o bilhete quando ia almoçar ou quando chegava do trabalho, lá pelas 16hrs. Neste dia ela foi almoçar e, ao ler o bilhete, me mandou uma mensagem de texto no celular:
“Amor, cheguei ansiosa para ler o que você tinha me escrito de bonito hoje e leio isto? O que aconteceu? Estou preocupada! Tay.”
Naquele momento cheguei a ficar corada de raiva. Ela faz as coisas que sabe que não deve fazer e age desta forma sínica comigo. Achei melhor esperar me acalmar para responder a mensagem, senão poderia ser grossa com ela. Mas, conforme fiquei atarefada no serviço acabei não respondendo. De noite, quando cheguei em casa, minha mãe avisou que a Tayanne tinha me ligado e pedido para eu retornar a ligação. Vi que a bateria do meu celular tinha acabado então fui retornar logo para evitar brigas.
- Alô?!
- Tay, tudo bem?
- Eu que quero saber se está tudo bem. Não entendi seu bilhete, te mando mensagem e você não responde e ainda desliga o celular? O que está acontecendo?
- Eu não desliguei o celular, acabou a bateria - Falei sem um pingo de entusiasmo.
- Bom, não é isso que me interessa agora, vai me explicar o bilhete ou não? O que você descobriu?
Confesso que esse “o que você descobriu?” me gelou por dentro. Será que ela escondia tanta coisa a ponto de querer saber qual delas eu tinha descoberto?
- Tayanne, você continua falando com a Jéssica?
- Eu? - Tinha mais alguma Tayanne na linha?
- É!
- Olha, Ni, pra te falar a verdade, eu continuo. Bom... a gente não conversa toda hora e o tempo todo, mas a gente se cumprimenta às vezes.
- Porra Tay, já num te disse que não quero que você converse com ela?
- Nichele, mas a gente não CONVERSA só se fala às vezes.
Juro que quis dar um tiro na minha cabeça quando ela disse isso... ou na cabeça dela.
- Tay, você sabe que eu te amo demais, e você sabe os motivos que eu não quero que vocês conversem. Eu acho que você é burra de manter contato com ela. Acho que você é tola de ter amizade com ela. E, na boa, eu...
- Ni?! Pára tá? Eu sei... eu te entendo. Eu não vou mais falar com ela ta? Pode ficar tranqüila.
- Falo isso porque me importo com você, não acho interessante você manter contato com gente desse tipo.
- Tudo bem, esquece isso, já disse que não vou mais conversar com ela, tá? Você vai vir aqui hoje? Estou com saudades.
- Vou tentar, cheguei tarde do serviço hoje, nem jantei ainda. Se der eu dou uma passadinha ai, tá?
- Ta bom, meu amor, vou ficar esperando você dar um jeitinho de passar. Te amo muito!
- Eu também! Vou comer, mais tarde te ligo. Beijo!
- Beijo, amor, tchau!
Para mim bastava pedir uma vez e eu não faria mais. Mas no caso dela, já vi que eu teria sempre que pedir duas vezes, senão mais. Isso me deixou profundamente chateada, mas ela prometeu que não conversaria mais com a Jéssica. Achei melhor virar a página, afinal, para um amor tão bonito, não é uma simples falha que vai ter o poder de destruir.
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