Sexta-feira à noite, banho tomado, roupa impecável, perfume passado, e eu arrasando (?) na frente do espelho, até a campainha tocar. Desci, era meu amigo me esperando para sairmos. Não íamos muito longe, por isso nem precisava de transporte próprio e, mesmo que precisasse, a gente não tinha, então a gente tinha que ir a pé de qualquer forma. Chegamos no nosso destino e fizemos o que sabíamos fazer de melhor: bebemos cerveja e comemos chips. Horas se passaram e eu já havia optado por ir embora quando, enquanto ele tira a água do joelho, eu avisto um colega meu. Resolvi ir falar um “oi”, e foi a pior coisa que poderia ter feito. Ele estava com um amigo e conforme eu fui chegando o cara ficou me olhando. Falei “oi” pro meu colega e, quando me virei para cumprimentar o fulano, já pude notar a merda que tinha feito. Ele me olhou com aquele olhar que só hetero macho sabe fazer de “oi-gatinha-eu-já-to-mais-louco-que-o-batman-e-quero-te-comer-essa-noite-não-importa-o-tanto-que-eu-tenha-que-investir”. Meu amigo falou para eu me sentar um pouco e eu sem graça de recusar, me sentei. Se olhar de hetero macho bêbado tivesse poder, naquele momento eu teria perdido a virgindade (oi?). Ficamos um cinco minutos conversando até meu amigo chegar. Eu pensando que iríamos embora fiquei contente, mas para o meu começo de verdadeiro desespero, ele se sentou e começaram a conversar sobre carro. Quando o lugar estava para fechar, eles tiveram a infeliz idéia de ir em um posto onde estaria “bombando”. Eu fui a única da mesa que descordei da idéia. Disse que eu tinha que ir embora acordar cedo, mas eles insistiram demais. Só faltava mesmo eles apontarem uma arma na minha cabeça e dizer “VAMOS CARALHO... POR FAVOR!”. Eles me prometeram que iríamos tomar uma breja só e já me trariam de volta. Como meu “fiel escudeiro” estaria comigo, eu resolvi aceitar, até porque eu não tinha mais argumento para discutir.
Quando chegamos no tal posto, fiquei feliz por duas coisas. A primeira foi que não tinha quase ninguém lá, o que significava que logo eles se cansariam e me levariam embora, porque quem diz que vai tomar só uma breja e vai embora, nunca realmente faz isso. Esse “uma” é sinônimo de “no mínimo meia duzia”. A segunda coisa que me deixou feliz foi que o hetero encontrou uns amigos dele, ou seja, ele ficou conversando lá e esqueceu que tinha que “investir” em mim. Thank’s God!
Meu colega, já mais do que bêbado, começou a falar cuspindo em cima de mim, o que me deixou levemente com vontade de dar um chute no saco dele, mas eu me controlei. Então, o hetero veio me salvar da enxurrada, chamando meu colega pra conversar com a roda toda. Bom, papo vai, papo vem, cervejas entram e saem, piadas mal-contadas acontecem, e o hetero resolve dar o bote em sua presa. Primeiro ele chegou no meu amigo e perguntou se “tinha jeito”. Como meu amigo me conhece, explicou que seria muito difícil, mas não entrou em detalhes. Ele, sem mais opção resolveu vir pro fight. E foi mais ou menos assim:
Ele: Oi, moça. – Mentira, ele me chamou pelo meu nome, mas prefiro não comentar.
Eu: E ai? – Vide: “cara eu sou sapatão, num vai rolar…”
Ele: Seu amigo te falou que eu to afim de beijar sua boca? – PÁRA TUDO! Gente, jura que eles conseguem pegar alguma guria dizendo isso?!?!?!?! I’m sick!
Eu: Falou! – Vide: “cara, já disse que gosto da mesma fruta, desaquenda...”
Ele: E ai...?
Eu: Ah, então, acho que nem dá certo.
Ele: Por que? – Aí começou o dilema.
Eu: Ah, porque eu sai com meu amigo, não acho legal “deixar ele de lado”. – Mentira, se fosse uma mulher eu já tava no dark room. Isso era só pra não dizer que eu gostava de mulher. Afinal a gente nunca sabe quem está apto a receber uma informação assim. Se o cara for “de boa” ele vai dizer que tudo bem, e morre o assunto (o que acontece 1 vez só na vida, e como na minha já tinha acontecido, não ia acontecer de novo). Se o cara for do tipo “bonzão” ele vai querer sair atrás de uma guria sapinha pra poder fazer as duas (não sei porque eles sempre acham que as lésbicas que dão um fora no cara aceitariam ficar com ele se tivesse uma outra guria no meio...). Agora, se o cara for homofóbico ele entra no carro com meu colega e me deixa a pé, sem dinheiro e longe de casa.
Ele: Mas de boa, eu falei com ele, ele não liga da gente ficar. – Isso é ele dizendo “arruma uma desculpa mais convincente pra me dar um fora porque essa foi fraca”. E, a partir daí vieram todas as desculpas possíveis tipo: “eu sou crente”, “eu tenho herpes”, “parece que vai chover amanhã”, “a Dilma foi eleita”, e por ai vai, mas ele sempre tinha uma contra-desculpa pra me dar. Sem mais solução, tive que dar um tapa na cara do rapaz... com palavras, minha gente, com palavras.
Eu: Moço... não rola! (caralho)!
Ele: Por que? – disse ele sorridente pensando que eu tava me fazendo de difícil, o que deixava a caça mais excitante, para ele.
Eu: Porque eu não gosto de homem. – subitamente o sorriso do pobre-pé-no-saco do hetero se transformou numa baita cara de espanto.
Ele: Você gosta de mulher? – Não, animal, eu gosto de cavalo! Cada pergunta.
Eu: É, eu sou gay.
O pobre hetero teve seus sonhos de comer uma guria que ele mal conhecia arrancados. Mas me respeitou. Bom, ele parou de insistir, mas teve a cara de pau filha da puta de virar o rosto para me roubar um selinho na hora que eu fui lhe dar um beijo no rosto de adeus. Mas é obvio, se ele não fizesse isso ele seria viado (isso foi uma tentativa de trocadilho).
Bom, minhas caras, esta foi mais uma noite de “sai-com-um-colega-meu-para-ir-na-esquina-e-acabei-do-outro-lado-da-cidade-com-um-hetero-bebado-tentando-me-comer”.
Logo estarei postando “o-dia-em-que-sai-e-fui-confundida-com-um-maluquinho”.
Beijos, beijos, beijos!
Bom, minhas caras, esta foi mais uma noite de “sai-com-um-colega-meu-para-ir-na-esquina-e-acabei-do-outro-lado-da-cidade-com-um-hetero-bebado-tentando-me-comer”.
Logo estarei postando “o-dia-em-que-sai-e-fui-confundida-com-um-maluquinho”.
Beijos, beijos, beijos!
Menina ja passei maus bocados por isso...e tive uma historia praticamente igual, mas hoje eu ja nem faço média ja falo na cara nem vem q nao curto homens... e mesmo assim sempre há piadinha q isso é pq não pegamos um "homem de verdade"... eu fico me pergutando o que será um "homem de verdade" para eles?
ResponderExcluirBeijos
NHaiiiiiiiiii Raiva* né?!
ResponderExcluirSempre tem 'um assim'
Ah' quase que eu não lia,mas como eu sou uma garota que adora ler,eu li /o/
eu já estou seguindo o seu Blog...depois se quiser da uma passadinha nos meus blogs ^^
Beijos carinhosos :*
pois é, Afrodite. Eu sempre escuto "eu vou fazer você gostar de homem..."
ResponderExcluir¬¬'
Na verdade isso só me faz odia-los mais, rsrs...