sábado, 30 de outubro de 2010

Quando o Diálogo Não é Real.




- Oi, - limitou-se a falar, não sabia como L. reagiria.
- Oi. - respondeu L.
- Tudo bem? - perguntou A., ainda receosa em puxar assunto.
- Tudo sim e com você? - disse L.
- Hum... melhor agora.- respondeu A.
- Você está sumida, - disse L. - aconteceu alguma coisa? - perguntou.
- Não, - respondeu A. - só estava tentando organizar minhas idéias, nada demais. - explicou.
- Conseguiu organizar? - perguntou.
- Sim, consegui. - disse A. ensaiando um sorriso pelo interesse de L.
- Posso te falar uma coisa? - L. perguntou timidamente.
A. ficou curiosa para saber o que L. teria para falar.
- Claro. - concordou.
- Eu sinto sua falta am... - L. pensou um pouco. - deixa pra lá, não quero confundir você. - disse, ainda pensativa.
A. pediu carinhosamente para que L. continuasse. - continue, por favor.
- Bom... - disse L., tentando retomar seus pensamentos. - eu sinto falta do seu sorriso, do seu abraço, da sua risada. Sinto falta da forma carinhosa que me tratava, eu sinto sua falta. - respondeu L. com os olhos encharcados de lágrimas.
Por alguns segundos o lugar foi tomado pelo silêncio, até ser quebrado por A.
- Por que tá me falando isso? - perguntou. A dúvida era visível em seu rosto.
- Porque... - L. escolhia cuidadosamente as palavras quando foi questionada novamente por A.
- Por que? - perguntou novamente.
- Porque eu te amo! - afirmou L. - Eu te amo muito!
L. deixou as lágrimas escorrerem por seu rosto, enquanto A. estava completamente imóvel e sem reação. Não sabia o que passava na cabeça de A. naquele momento.
- Ei... - disse L. - tudo bem? - perguntou.
- Sim. - respondeu A.
- Tem certeza? - insistiu.
- Sim, tenho. - afirmou A.
- Fala alguma coisa, por favor. - pediu.
Em um movimento involuntário A. puxou L. e lhe deu um abraço forte, seu corpo tremia e as palavras de L. ainda ecoavam em sua cabeça.
O abraço foi interrompido por um barulho estranho e irritante. Alguém apertará a campainha e acordará A.
- Um sonho? Tudo não passou de um sonho? - A. questionava-se inconformada. - foi real demais para ser apenas um sonho. - disse A. a si mesmo.


Linee.

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