quinta-feira, 8 de julho de 2010

Porque as fanchas são assim?

Primeiramente, para você (que veio de outro planeta) que não sabe o que é “fancha”, veja no dicionário completo do Sérgio Ximenes, na página 424, entre ‘fanatizar’ e ‘fandango’, onde diz:

“Fancha: Refere-se ao atributo, característica ou qualidade de um ser — humano ou não — do sexo feminino, que sente atração física, emocional e estética por outro ser do mesmo sexo. O termo também refere-se a uma femea com senso de identidade pessoal e social com base nessas atrações, manifestando comportamentos e aderindo a uma comunidade de pessoas que compartilham da mesma orientação sexual.”

Ou seja, SAPATÃO!

Agora, vamos à temática “porque as fanchas são assim?”. Você deve estar se perguntando: “assim como?”. Eu digo! Assim: Problemáticas! Dramáticas! Doentes da cabeça (mais do que a Bjork que foi capaz de fazer um clipe onde ela consegue expelir um barbante vermelho do seio Ô.õ). ‘Causantes’ – esse neologismo foi ótimo. Enfim, “assim”! E, antes que você pense que a doente sou eu, eu explico.

Estava eu, um belo dia, quieta no meu canto, quando de repente, não mais que de repente, surge uma garota na minha vida. Ok, até ai, tudo tranqüilo. Ela se interessou, eu me interessei, a gente começou a ficar e por ai vai. Em pouco tempo a gente começou a namorar e, um dia, tivemos a (infeliz) idéia de ir numa balada gay. No meio da balada (que estava tri-lotada) eu encontro uma grande amiga minha que eu não via há séculos (vide 2 meses). Eu tinha ido ao banheiro enquanto minha namorada-quase-perfeita tinha ficado no meio da muvuca com seus amigos. Eu encontrei essa minha amiga quando eu voltava do banheiro e procurava minha garota, mas adivinhe! Eu fui capaz de achar a minha amiga que NUNCA ia nesses lugares GLS, mas a minha garota não. Resultado: Fiquei lá no meio da muvuca com minha amiga do coração, enquanto tentava ver se achava minha namorada.

Bom, revendo os fatos: Você e seu amor numa balada gay; um pouco de cerveja seguida de banheiro; muvuca e desencontro; amiga de longa data e papo do tipo “e a sua mãe, como tá? Ainda não operou das varizes?”. Tudo perfeitamente normal para uma noite de sábado. Mas... Ai sim, fomos surpreendidos novamente! Eu me viro e vejo minha namorada me olhando com aquela cara de “o que está acontecendo aqui?”. O que qualquer fancha faria nessa situação? No mínimo você fica com aquela cara de medo (por que ela te olha tipo uma psicopata preparada para jogar o copo de cerveja na sua cara, afinal, fanchas são assim), mas você vai lá e abraça ela como se nada tivesse acontecido. Mas, como toda fancha que se preze, enquanto você tenta desfazer aquele clima dando beijinhos no pescoço dela, ela te empurra e diz “volta lá com sua amiguinha” (sentiu o tom de voz dela, quando ela disse ‘amiguinha’?).
Eu – Amor, aquela é a Josicreide, aquela minha amiga do prézinho. Lembra que eu te falei?
Namorada – Amiga é o escambal, eu vi vocês flertando*¹ (é, realmente, falar sobre as varizes da sua mãe pode ser um flerte e tanto), você ta afim dela, e ela ta te dando mole, que eu sei.
*¹ PROBLEMATICA!
Eu (estarrecida) – Pára, amor que é isso? Eu fui ao banheiro e quando voltei, não te achei, daí fiquei aqui um pouco com ela enquanto tentava te achar por aqui.
Namorada (quase babando de raiva)*² – Eu esperei 50 minutos*³ e você não voltou do banheiro, daí eu fui te procurar. Mas nunca ia te achar porque você não estava no banheiro, estava flertando com ‘essazinha’ aí.
*² DOENTE DA CABEÇA!
*³Detalhe: Mesmo que a boate esteja muito lotada e todo mundo resolva ir no banheiro ao mesmo tempo, não se gasta meia hora para se aliviar, então, de onde ela tirou esses 50 minutos? DRAMA!
Eu – Amor, pára com isso, não tem nada a ver, eu te amo, você é minha vida...
Namorada (gritando para você, sua amiga, os amigos dela, e as pessoas que estão à sua volta num raio de 100 metros, ouvirem*) – Vai lá ficar com ela, eu sei que você quer. E olha a cara dela, ela ta afim de você, blá blá blá...
*CAUSANTE!

Bom, depois desse grito histérico dela, eu mando ela pro inferno (porque fanchas não tem sangue de barata – mesmo que essa expressão não faça muito sentido pra mim, mas enfim...) e saio andando. Como podemos perceber nessa cena, ela pode mostrar ser problemática, doente da cabeça, dramática e, principalmente ‘causante’.

(continua...)

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