Às vezes me olho no espelho e pego me encarando, olhos nos olhos. Talvez uma forma de me reconhecer, de restabelecer o pacto comigo mesma. Tem vezes que me olho por inteiro e acho bonita, outros que estou um traste... É ai que se tem que perceber que o espelho tem duas faces: uma mostra como estamos exteriormente e outra como estamos interiormente. O problema é que muitas vezes o exterior é feito, construído para agradar ou desafiar, ou até mesmo agredir outra(s) pessoa(s). E é só quando estamos em equilíbrio que conseguimos estar realmente bonitas. Isso porque estamos interiormente bem e, inevitavelmente, esse bem estar irá ser refletido para o exterior. É o equilíbrio.
Estou escrevendo isso porque estava andando pela noite gls de Sampa, e comecei a reparar na diversidade das mulheres que estavam nesses locais: magras, gordas, bem arrumadas, desleixadas, parte de tribos, femininas, masculinas... garotas novas largadas na calçada, cheias de vinho barato, outras brigando por nada, outras trocando caricias, andando de mãos dadas, rindo...
Estou escrevendo isso porque estava andando pela noite gls de Sampa, e comecei a reparar na diversidade das mulheres que estavam nesses locais: magras, gordas, bem arrumadas, desleixadas, parte de tribos, femininas, masculinas... garotas novas largadas na calçada, cheias de vinho barato, outras brigando por nada, outras trocando caricias, andando de mãos dadas, rindo...
Ai me vem na lembrança essa coisa que muita gente fala que homossexual é pervertido, que só apronta, que mulher lésbica é “sapatão”, mal amada... Rótulos! E fico pensando: O que as mulheres que assumem sua homossexualidade pensam que é ser homossexual? Quer dizer, o fato de ter assumido a sua homossexualidade implica em você mudar sua postura? Sua forma de se vestir?
Algo como uma garçonete me contou de uma cliente que em menos de seis meses mudou completamente a forma de se vestir e sua postura, se tornando extremamente masculinizada.
Aí me pergunto: Jeito de ser ou uma forma distorcida de assumir a sua homossexualidade? A resposta é a reflexão sobre papéis sociais, formas que a sociedade “impôs” que indivíduos do sexo masculino e feminino se comportassem.
Vamos focar a postura “feminina” imposta. Atualmente essa postura no que se refere à maneira de se vestir e gesticular, normalmente encontramos entre os travestis, transexuais (MtF). Até encontramos essa postura em mulheres que se encontram na classe alta ou as chamadas emergentes da sociedade.
Mas se andarmos pelas ruas, percebemos que, principalmente nas novas gerações, há uma certa tendência a androginia, no que se refere a postura e forma de se vestir. E aí me pergunto também se existe o “certo” e o “errado” com relação a essas questões.
E de alguma forma, aquele ditado que o “hábito faz o monge”, não está correto, porque você pode estar com a roupa que quiser, mas o que irá refletir é o que tem no seu interior. Já vi mulher machinho de gravata que deixava transparecer uma feminilidade estonteante, assim como vi mulheres de salto alto parecendo um ‘macho desengonçado’. Vi garotas forçarem seu lado masculino pelos gestos e pelas roupas e deixar transparecer, mesmo sem querer, um feminino apaixonante.
E ai é que o espelho tem duas faces. E se você se fitar no espelho, ele poderá te desafiar: decifra-te ou te devoro!
ESSE TEXTO FOI ESCRITO* POR DRICA GENTILE DO OUZAR.COM E ME FEZ PENSAR...
GALERA: A VIDA É "OUZADA" OU NADA!! VAMOS OUZAR!!
(*com pequenas modificações)
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